Centrais sindicais querem contribuição sindical maior do que imposto cobrado hoje
O imposto sindical vai deixar de existir em novembro, com a entrada em vigor da reforma trabalhista, mas a contribuição que os trabalhadores dão aos sindicatos pode aumentar com a mudança.
Agora, em vez de ter um dia de trabalho descontado todo ano (o correspondente a 4,5% de um salário), a contribuição será decidida em assembleia, sem um teto estabelecido.
Duas das maiores centrais do Brasil, União Geral dos Trabalhadores (UGT) e Força Sindical, defendem que de 6% a 13% de um salário mensal sejam destinados anualmente ao financiamento das entidades.
Criada para financiar a estrutura sindical, a nova “contribuição por negociação coletiva” é apoiada pela Central Única dos Trabalhadores (CUT), UGT e Força Sindical. Juntas, elas representam 51,8% dos trabalhadores sindicalizados.
O valor defendido pela Força Sindical e pela UGT, porém, faria com que os empregados pagassem mais que um dia de trabalho aos sindicatos.
O presidente Michel Temer informou às centrais sindicais que o substituto do imposto sindical será regulamentado por Medida Provisória. O texto, porém, não deve trazer um porcentual a ser cobrado dos trabalhadores.
Por isso, sindicalistas debatem qual valor é necessário para manter o funcionamento da estrutura sindical. Em 2016, o imposto sindical arrecadou R$ 3,53 bilhões. Confirmado o novo porcentual citado por UGT e Força Sindical, o valor poderia saltar para R$ 10,2 bilhões com o desconto de 13%.
Fonte : O Estado de S.Paulo