Alta de ICMS no Estado do Rio de Janeiro deixará itens até 18% mais caros
Aposta do governo do Rio de Janeiro para aumentar sua arrecadação em até R$ 1,762 bilhão nos próximos dois anos, a elevação do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS) sobre itens fundamentais do cotidiano vai gerar um gasto extra considerável no orçamento mensal dos cidadãos.
Segundo especialistas e operadoras de serviços, as altas vão de 6,1%, no caso da gasolina, a 18%, para a energia elétrica.
O valor pago de imposto na conta de luz, por exemplo, vai dobrar a partir do consumo mensal de 200Kwh, gerando uma alta de, no mínimo, R$ 25 por mês para os consumidores
— O governo quer aumentar o imposto sobre produtos e serviços fundamentais. Quem projetou essa alta sabe do que a população é altamente dependente. Essa decisão, socialmente, é danosa, pois vai afetar uma população que já registra queda de renda nos últimos anos — explicou Istvan Kasznar, professor titular de Economia e Administração Pública e de Empresas da Fundação Getulio Vargas (FGV).
O governo estadual enviou à Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), no início de novembro, um projeto que apresenta as novas alíquotas de ICMS.
A proposta despertou muitas críticas de parlamentares.
— Essa decisão será um tiro no pé. Se tivermos uma inflação de 7,5% para 2017, somado ao aumento do ICMS, o resultado será mais inflação, queda do consumo e, consequentemente, redução da arrecadação — disse Luiz Paulo Corrêa da Rocha (PSDB).
Fonte : Jornal Extra